terça-feira, 16 de agosto de 2016

Quem disse que tabuada não pode ser divertida?

Neste primeiro post sobre livros, resolvi falar de um assunto que era um grande problema para aqueles que são da minha geração: estudar tabuada!! Tinha coisa mais chata do que estudar tabuada na nossa infância? E o medo da sabatina? Tenho sérias restrições a qualquer forma de "ensino" que desperte mais tensão do que curiosidade...

Quando meu filho mais velho chegou no 3º ano do Fundamental I, a tabuada começou a ser recomendada pela escola. A primeira coisa que eu quis saber era como a tabuada seria usada. Seria uma frustração se eu descobrisse que, depois de tantos anos, meu filho seria forçado a simplesmente decorar pra responder uma sabatina. 

Para minha alegria, não era esse o objetivo. A tabuada apenas completaria as estratégias de cálculo mental que a escola já trabalhava com as crianças (nessas horas tenho certeza que escolhemos a escola certa pros meninos). Era suficiente estimular a criança a fazer multiplicações na sua rotina de estudos para que, aos poucos, ela compreendesse as regras da multiplicação e a relação entre os números. Por exemplo: se você aprende a tabuada de 5 e de 2, facilmente saberá a tabuada de 4 (dobro de 2), de 7 (5+2) e de 10 (dobro de 5).

E assim seguimos aqui em casa, aprendendo a lógica da multiplicação e, inicialmente, estudando por um joguinho bem simples do Escola Games: a Tabuada do Dino.

Me recusei a comprar uma tabuada tradicional e estava satisfeita com o joguinho que meu filho estava usando para seus estudos, até que um belo dia, entrei na Nobel e dei de cara com um livro com uma capa linda que chamou minha atenção de imediato: Meu Livro de Tabuadas!!



Comecei a folhear e o conteúdo era mais atrativo ainda. O livro é super-lúdico, colorido, cheio de pop-ups e pequenos desafios que fazem você estudar tabuada sem perceber. 



Além do cálculo em si, o livro é recheado de dicas que ajudam o leitor a entender as regras da multiplicação, dando mais significado ao aprendizado da tabuada.


Desde então não paro de recomendar esse livro!! É um ótimo instrumento para a criançada estudar se divertindo. Segue a ficha completa do livro:
  • Título: Meu Livro de Tabuadas
  • Coleção: Brincar e Aprender
  • Autora: Rosie Dickins
  • Editora: Usborne (do grupo Nobel)
  • Faixa de Preço: R$ 50 - R$ 60
  • Dica: Este livro sempre entra no catálogo da Privália com preços mais em conta quando eles fazem campanha "Especial Kids"

Boa leitura!!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O ilícito não é normal

A frase que intitula este post caiu como um bálsamo aos meus ouvidos. Que alívio ouvir isso de uma ministra do STF. A ministra Carmem Lúcia expressou durante o seu voto o que a minoria honesta desse país gostaria de dizer aos réus do mensalão e seus advogados que insistem em pautar sua defesa admitindo um outro crime, como se não fosse ilícito.

Tenho ouvido tantas pessoas descrentes com os rumos da nossa política e o pior, se colocando a parte dela. Temos razão mesmo para desconfiar dos políticos, mas antes de mais nada é preciso perceber que os políticos são apenas uma amostra do nosso povo.

Não sei de onde vem isso, nem quando começou, mas é a maldita "Lei de Gerson" que acaba com toda e qualquer possibilidade de convivência cidadã neste país. Antes de chegar ao Legislativo, Executivo e Judiciário, todos os dias temos cidadãos brasileiros investindo todo o seu tempo em ser "esperto", passando os outros para trás, pagando e cobrando propinas, falsificando carteirinhas de estudante... é a corrupção nossa de cada dia.

Quem nunca foi pressionado a cometer um ato ilícito? Quem nunca foi fuzilado com um olhar ao negar uma vantagem indevida? Quem nunca se sentiu o otário da vez?

Pois é, o problema vem de baixo... não adianta olhar para os nossos políticos com repugnância se na nossa casa agimos da mesma forma que eles. Precisamos aproveitar este momento importante da nossa política, onde estamos vendo um esquema sujo e perverso de compra de votos ser julgado e punido exemplarmente para começar a mudar a nossa atitude.

Precisamos voltar a ter vergonha do que é errado e nos orgulhar do que é certo. Precisamos ensinar aos nossos filhos a devolver o que não nos pertence, a respeitar filas, regras de trânsito, vagas especiais. Enfim, precisamos voltar a ser gente de bem.

Se não fizermos nada a única certeza que temos é que nada vai mudar mesmo. 

Quem convive comigo de perto sabe que "pego ar" mesmo quando vejo alguma coisa errada. Às vezes eu me sinto como se eu não fosse desse planeta, tamanha indignação que fico diante de algumas situações que presencio.

Não é de propósito que ajo assim. É o meu jeito de reagir. Não acho que todo mundo tenha que ter uma reação destemperada como eu tenho mas penso que assistir ao erro sem fazer nada é de certa forma compactuar com ele.

Esta semana o STF nos mostrou que nem tudo acaba em pizza neste país. É uma luz no fim do túnel. Precisamos insistir para chegarmos à claridade completa.

sábado, 11 de agosto de 2012

Olimpíadas Londres 2012: Brasil o país do futebol?!


Hoje final do vôlei feminino nas Olimpíadas: ouro pro Brasil, numa partida emocionante.

No boxe, Esquiva Falcão fica com a prata por causa de uma punição que levou 2 pontos do pugilista capixaba.

Amanhã é a vez do time masculino de vôlei... grandes chances de mais uma excelente partida.

Neste momento o mundo todo deve estar pensando que o nosso país é cheio de quadras de vôlei... devem imaginar que todo o povo brasileiro assiste com euforia o "campeonato brasileiro de vôlei", torcendo pelo "time" que representa seus estados.

Não sabem eles que durante os 365 dias do ano os holofotes esportivos do Brasil estão todos voltados para um único esporte: o futebol. Eu nunca me dei o trabalho de cronometrar mas a impressão que tenho quando assisto os noticiários esportivos (local ou nacional) é que no máximo 10% do tempo é dedicado a todos os outros esportes.

É por isso que eu tenho muito pouca tolerância para apresentações medíocres da seleção brasileira de futebol. Não é a medalha de prata que me incomoda, mas é ver o desempenho do time. Pelo amor de Deus, um gol no primeiro lance do jogo culmina naquela sucessão de ataques mal-sucedidos?

Será que com tanto patrocínio que a seleção brasileira de futebol recebe, não é suficiente para preparar melhor o time? Tá na hora de incluir na equipe técnica da seleção alguém pra dizer aos jogadores que fazer propaganda de celular é legal, tirar foto com fã faz parte, mas fazer gol é essencial. É o negócio dele!

Imagine se a seleção feminina de vôlei que perdeu o primeiro set para os Estados Unidos com uma diferença absurda desistisse?! Prevaleceu ali a qualidade e a garra do time. Dois adjetivos que há muito tempo não vejo nas partidas da seleção masculina de futebol.

Quando vejo atletas do boxe, da ginástica, do judô trazendo medalhas para o Brasil me sinto constrangida por nem ter acompanhado a trajetória destas pessoas. Gostaria que este constrangimento se estendesse à imprensa, aos patrocinadores, às escolas, que, como eu, não dedicam atenção nem investem nestes "outros" esportes.

Deve chover patrocinadores para bancar até as viagens de férias de alguns jogadores de futebol... mas para conseguir uma empresa disposta a pagar uma passagem para um judoca participar de um torneio deve ser uma verdadeira maratona.

Taí a resposta que seleção do "Professor" Mano Menezes deu pra cada um de nós: uma prata conquistada com um futebol feio retado!!! 

Pra mim, o Brasil é cada vez o mais o país do vôlei, do judô, do boxe e de todos esses raçudos que realmente AMAM  esporte e batalham pra viver dele. Considero todos vencedores só por chegarem lá.


Quanto ao futebol, vamos acordar! Até a Coréia já aprendeu a jogar bola! Não é só vestir a camisa amarela: é treino, treino, treino, treino. Como em qualquer esporte.  Essa seleção que jogou hoje tinha até um Hulk... será que eles estão esperando os demais Vingadores para voltar a jogar bonito?

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Maternidade: desculpa mas eu AMO ser mãe!!!

Mais um dia das mães se aproxima e, como de costume, a maternidade vira o assunto principal de revistas, programas de tv e rádio. Tive a oportunidade de assistir alguns desses programas e me impressionei com aspecto que percebi em todos eles: falar bem da maternidade incomoda.

Toda vez que alguém colocava a maternidade como uma experiência única, sublime e qualquer outro adjetivo desta natureza, a afirmação era rebatida com vigor. Ouvi coisas do tipo: "o que tem de sublime em ter que usar um absorvente no peito durante meses e dormir 2 horas por noite?"

Acho que estamos vivendo um momento em nossa sociedade em que existe um certo constrangimento em falar bem de algumas coisas, especialmente de questões que são escolhas pessoais. Se eu gosto de ser mãe e experimento um sentimento sublime diante disso, que mal tem falar disso com entusiasmo e paixão? Parece que para respeitar o direito e o espaço dos outros precisamos falar de maneira morna sobre nossas escolhas, para não induzir a ninguém a tomar as mesmas escolhas que as nossas.

Graças a Deus, hoje alguns códigos sociais caíram e existe mais espaço para escolhermos se casamos ou compramos uma bicicleta (não resisti à essa piada :) ). Isso permite que nossas decisões sejam mais autênticas. Imagino como deveria ser terrível para uma mulher na época de nossas mães ou avós ter tão poucas escolhas. Agora, se no auge de nossa liberdade uma mulher resolve ter filhos, o que tem demais que isso seja tratado como uma escolha alegre e feliz? 

Eu amo ser mãe, de todas as coisas que eu faço é a que me dá mais satisfação mas isso não quer dizer que seja uma tarefa fácil. Filho faz birra, fica doente, se machuca, perde o sono no meio da madrugada... e aja disposição, paciência e coluna pra aguentar isso. Mas ser difícil, não significa que seja ruim, se você tem vocação pra isso. Pra mim este é o ponto: VOCAÇÃO. 

É como ser médico. Dá pra entender como aguentar a rotina de uma emergência quando você não tem vocação? 

Não acredito que TODA mulher precise ser mãe, que só se sinta completa assim. Acredito que a possibilidade de ser mãe é um privilégio da mulher, mas que primeiro ela tem que sentir esse desejo. Quando o filho vem antes do desejo, a natureza ajuda, mas pra isso precisamos baixar a guarda e nos abrir à experiência.

Não sou nenhuma super-mãe, nem quero ser. Sou só mãe e adoro ser acordada por meus filhos, ficar olhando eles dormirem, sentir o cheiro deles, ver eles crescendo, fazendo amigos, escolhas, virando gente... é incrível acompanhar tão de perto uma personalidade se formando e poder ser um pouco responsável por isso. 

Não quero convencer ninguém a ser mãe mas não vou "amornar" a minha experiência pra ser politicamente correta. Nada me ensinou mais sobre mim, sobre os outros e sobre o amor como ser mãe. E sou muito feliz por isso!

quarta-feira, 14 de março de 2012

Construção civil: como diminuir a dor de cabeça que é construir.

Existem situações que só a gente vivendo pra entender do que se trata. Quando você começa a comentar entre os amigos e conhecidos que vai começar uma obra, não faltam pessoas para dizer o quanto atrasa, o quanto você gasta e se desgasta ao construir... são tantas experiências negativas que a gente até se assusta. Mas quando você vê a planta com o projeto da casa dos seus sonhos, tudo é relativizado e você pensa: comigo vai ser diferente!

Pior que não vai ser! No final da obra, aquele mestre de obras que parecia bacana e competente se transforma num insatisfeito profissional. Depois de 90% do pagamento realizado ele descobre que cobrou pouco, começa a faltar, tem problemas com equipe... e quando ele começa outra obra antes de terminar a sua, você vira um cliente de segundo plano.

É lógico que isso não deve ser generalizado. Existem profissionais sérios e experientes capazes de conduzir bem uma obra do início ao fim. Mas por precaução, convém que você tome alguns cuidados:

  1. Antes de começar, faça uma estimativa de despesas que você terá com a obra. Pesquise o valor de aluguel de equipamentos, esquadrias, pisos, mão-de-obra, granitos. Isso é essencial para saber se você pode mesmo começar a construir.
  2. Faça um contrato detalhado com o responsável pela sua obra incluindo tudo que não está descrito ou claro o suficiente na planta e faz parte do valor acordado. Descreva todos os vãos que serão construídos/reformados, tipo de piso que será assentado, áreas que terão revestimento, pastilhas, rodapés, esquadrias que serão utilizadas, tipo de pintura, áreas que serão rebocadas, serviços de assentamento de bancadas, tipo de rejuntes, etc. Acredite: nada está subentendido. Lembre-se as partes (contratado e contratante) devem rubricar em todas as páginas do contrato e todas as folhas da planta.
  3. Estude a planta da sua casa para ter certeza de que ela está coerente com suas expectativas. Meça todos os vãos representados na planta, compare com alguma área que você conheça. Isso ajuda a diminuir as mudanças depois do inicio das obras que são extremamente desgastantes.
  4. Procure concentrar suas compras no menor conjunto de lojas possível. Você pode conseguir descontos e facilidades de pagamento com esta prática.
  5. Guarde todas as notas de suas compras para trocar materiais com possíveis avarias e sobras.
  6. Faça uma planilha com seus custos e controle seus gastos.
  7. Tenha um profissional experiente para acompanhar o andamento da sua obra.
  8. Emita recibo para todos os pagamentos realizados a pessoas-físicas.
  9. Repita todos os dias o mantra: "o mestre-de-obras não é meu amigo,  o mestre-de-obras não é meu amigo,  o mestre-de-obras não é meu amigo...".
  10. Tenha muita paciência.

sábado, 10 de março de 2012

Maternidade: que tal engravidar sem surtar??

Gente,

Eu tenho 2 filhos e eu simplesmente amei ficar grávida. Me senti mais forte, poderosa... parece que o fato de gerar um outro ser dentro de mim me fez sentir especial. Claro que tive 2 gestações ótimas, planejadas, sem intercorrências, enjoos, inchaços, ou seja, vivi só a parte boa de estar grávida.

Apesar de me sentir neste estado de êxtase nestes 9 maravilhosos meses, não caí nas armadilhas do grande mercado da gestação. Gente, vendem tanta coisa para grávida e pro recém-nascido que você fica doida com tanta oferta. E tem gente que surta e sai comprando tudo: concha pra amamentação aos 3 meses de gravidez,  4 livros de como cuidar do seu bebê, inscrição em milhões de blogs de acompanhamento da gestação...

Outra coisa é a mudança de comportamento. É verdade que a gravidez mexe com o nosso emocional e com os nossos sentidos. Mas não esqueça: você não está doente!!! Nada de se prostrar como se estivesse debilitada. Manter-se ativa ajuda muito a controlar a ansiedade que sempre aparece quando o parto se aproxima. É claro que o nosso ritmo muda, nosso corpo muda, mas não precisa parar (a não ser que seja por recomendação médica).

As minhas dicas pra se manter no prumo são as seguintes:

  1. Só compre aquilo que você entendeu para que serve.
  2. Controle a quantidade de informação que você recebe sobre gestação, especialmente sites de acompanhamento semana-a-semana. Eu tive uma amiga que foi parar numa emergência porque leu num site que com X semanas o bebê deveria mexer um determinado número de vezes na barriga e ela achou que ele tinha mexido menos.
  3. Cuidado com atividades ou grupos de gestantes. Se você for muito sugestionável pode acabar absorvendo pra si problemas e aflições das outras mães.
  4. Alô! Estar esperando uma criança não torna você uma criança. Ficar mais sensível, tudo bem. Mas se você resolver pentear o cabelo como Xuxa em 1987, procure uma ajuda psicológica.
  5. Confie no seu médico. Ele é a fonte mais segura de informação sobre a sua gravidez.
  6. Continue a conversar sobre outros assuntos que você gosta. Embora a gravidez seja seu principal interesse agora, seus amigos, colegas de trabalho e familiares podem cansar se você só falar disso.
  7. Antes de comprar o enxoval do bebê, defina o que você quer comprar e para que.
  8. Dos produtos pra gestantes (incluindo os de preparação para a amamentação), consulte seu médico e dermatologista sobre quais produtos comprar para o seu caso.
  9. Não queira antecipar o que vai acontecer no dia do parto no primeiro mês de gravidez. Se dê o tempo de virar mãe... você terá 9 meses para isso!
Controlando a ansiedade nos livramos das armadilhas que o consumismo e a vida moderna nos impõe e ficamos livres para sermos só mães. :)

Bjs!

Boas Vindas!!!

Olá!!!

Sou Rosi, mãe, esposa, analista de sistemas, católica e, sobretudo, inquieta. Aqui é o meu espaço para compartilhar experiências que vivi nas mais diferentes áreas da minha vida: maternidade, vida profissional, fé...

Tenho a mania de tratar das coisas que já passei como se eu fosse uma especialista. Ainda não descobri se isso é uma qualidade ou um defeito, mas o fato é não faço de propósito. É o meu jeito, faz parte de mim. Talvez por causa da maneira que faço escolhas (mergulhando de cabeça) acabo imprimindo uma dose extra de convicção quando falo das minhas experiências.

O fato é que, por causa desse meu jeito, sou muito frequentemente consultada sobre os assuntos mais diversos e indagada sobre como fazer isso ou aquilo. Cansada de viver encaminhando e-mails, resolvi criar um espaço para compartilhar coisas nas quais eu sou marinheira de segunda viagem. Nada aqui é exato, estatístico ou técnico. É pura vivência, instinto e intuição.

Espero que vocês curtam passar por aqui!

Enjoy it!!